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O Impacto das Dietas da Moda na Saúde


As dietas ditas “da moda” estão nas revistas, na televisão, na internet, e no dia a dia de milhares de pessoas. Neste sentido, essas dietas são bastante procuradas por quem deseja emagrecer. Mas, afinal, será que elas funcionam? Quais os riscos e impactos que elas podem trazem a saúde?


Mas antes de discutirmos os riscos e impactos das dietas da moda na saúde, além de sua funcionalidade, precisamos entender o que de fato são as dietas da moda e como identificá-las. 


Afinal, o que são as dietas da moda?


São dietas focadas na restrição de nutrientes e/ou grupos alimentares específicos. Dessa maneira, são instáveis, ou seja, indivíduos não conseguem adotar essa dieta por muito tempo, em função da alta restrição e monotonia dos alimentos. Essas dietas podem ser deficientes tanto em macronutrientes como em micronutrientes, pois não atingem a maior parte das necessidades nutricionais e não levam em consideração as individualidades biológicas, idade, nível de atividade física, rotina alimentar e histórico familiar de doenças, podendo assim, representar riscos a pessoas que decidem segui-los.


Neste sentido, estudos comprovam que distúrbios emocionais, como compulsões alimentares também estão relacionados a tentativas falhas de seguir a dieta da moda (Leia o artigo – Compulsão alimentar e atendimento nutricional e Estratégias para o controle da compulsão alimentar, para saber mais sobre transtornos alimentares).  


Como identificar uma dieta da moda 


Embora não exista uma abordagem específica para identificar uma dieta da moda, algumas diretrizes são importantes. De forma geral, dietas da moda tendem a ter:

  • Soluções rápidas e “milagrosas” para o emagrecimento;

  • Conclusões simplistas sem embasamento teórico-científico;

  • Recomendações baseadas em um único estudo;

  • Lista de alimentos “bons” e “vilões”;

  • Recomendações de estudos que ignoram que cada pessoa tem sua individualidade. 

  • Eliminação de grupos alimentares essenciais

Impacto das dietas da moda na saúde


As dietas da moda são normalmente exacerbadas de restrições e muito pobres em calorias, ficando abaixo das necessidades energéticas de um adulto saudável. Neste sentido, as dietas da moda podem trazer malefícios à saúde dos indivíduos que as praticam, como a perda excessiva de massa muscular, o risco de carências nutricionais importantes, em especial no que diz respeito ao consumo de proteínas e minerais como ferro, cálcio e zinco, nos quais são fundamentais para o adequado funcionamento organismo. 


Dentre as diversas dietas da moda, destacam-se a dieta de restrição de carboidrato, na qual, observa-se que esse tipo de dieta tende a resultar em um consumo menor de fibras e frutas, e um consumo maior de proteína animal e de gordura saturada, o que contribui para o aumento do risco cardiovascular. No mesmo sentido, a dieta glúten-free, pode ser aplicável para indivíduos com doença celíaca, porém, para as pessoas que não apresentam essa doença, não há a necessidade da exclusão ou da retirada brusca do glúten da dieta. Diante disso, eliminar por completo os cereais da alimentação não é visto como benéfico, já que esse alimentos estão associados com o controle do colesterol e a prevenção do câncer do intestino. 


Além disso, cabe ressaltar que, em geral, o indivíduo poderá perder peso em um curto período de tempo, mas as chances de recuperar mais peso do que tinha perdido, e causar o chamado “efeito sanfona”,  originalmente são grandes.  


O melhor método para perder peso


Mas então, qual é o melhor método para perder peso e mantê-lo? 

Não há uma receita mágica para isso, porém a procura por profissionais da área da saúde, como nutricionistas, é imprescindível. Além disso, estudos comprovam que, realizar atividades físicas regularmente e manter uma alimentação balanceada e saudável, sem eliminação de grupos alimentares sem necessidade explicitada, são medidas eficazes e não prejudiciais para o emagrecimento, e podem atuar também como maneira preventiva à doenças associadas ao excesso de peso.     


Para um estudo complementar, seguem algumas sugestões: 

DOI: /10.1590/1678-9865201932e170190 

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